Doenças infecciosas negligenciadas (como hanseníase e leishmaniose): uma abordagem multiprofissional em áreas endêmicas
As doenças infecciosas negligenciadas (DIN), como hanseníase e leishmaniose, continuam a representar um grave problema de saúde pública em países em desenvolvimento, particularmente em regiões com condições de vulnerabilidade social. Este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência dessas doenças em áreas endêmicas, identificar seus determinantes sociais e avaliar estratégias de prevenção, controle e promoção da saúde. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e descritivo, baseada em revisão narrativa da literatura científica publicada nos últimos dez anos em bases de dados como SciELO, LILACS e PubMed. Foram selecionados artigos, livros e documentos oficiais que abordassem aspectos epidemiológicos, clínicos, sociais e políticos relacionados às DIN. Os resultados indicam que a prevalência dessas doenças está associada a fatores como pobreza, saneamento inadequado, urbanização desordenada e barreiras de acesso aos serviços de saúde. A análise evidencia também a importância da atenção primária à saúde, da abordagem multiprofissional e de políticas públicas integradas para reduzir o impacto dessas doenças na população. Conclui-se que, embora existam avanços no diagnóstico, tratamento e controle das DIN, sua erradicação depende da implementação de estratégias intersetoriais, sustentáveis e socialmente equitativas, além da promoção contínua de educação em saúde e vigilância epidemiológica.
English Abstract
Neglected infectious diseases (NIDs), such as leprosy and leishmaniasis, continue to represent a serious public health problem in developing countries, particularly in regions with social vulnerability. This study aimed to analyze the occurrence of these diseases in endemic areas, identify their social determinants, and evaluate prevention, control, and health promotion strategies. This is a qualitative, exploratory, and descriptive study based on a narrative review of the scientific literature published over the last ten years in databases such as SciELO, LILACS, and PubMed. Articles, books, and official documents that addressed epidemiological, clinical, social, and political aspects related to NIDs were selected. The results indicate that the prevalence of these diseases is associated with factors such as poverty, inadequate sanitation, uncontrolled urbanization, and barriers to access to health services. The analysis also highlights the importance of primary health care, a multidisciplinary approach, and integrated public policies to reduce the impact of these diseases on the population. It is concluded that, although there have been advances in the diagnosis, treatment, and control of NIDs, their eradication depends on the implementation of intersectoral,sustainable, and socially equitable strategies, in addition to the continued promotion of health education and epidemiological surveillance.
Spanish Abstract
Las enfermedades infecciosas desatendidas (EID), como la lepra y la leishmaniasis, siguen representando un grave problema de salud pública en los países en desarrollo, en particular en regiones con vulnerabilidad social. Este estudio tuvo comoobjetivo analizar la incidencia de estas enfermedades en zonas endémicas, identificar sus determinantes sociales y evaluar estrategias de prevención, control y promoción de la salud. Se trata de un estudio cualitativo, exploratorio y descriptivo basado enuna revisión narrativa de la literatura científica publicada en los últimos diez años en bases de datos como SciELO, LILACS y PubMed. Se seleccionaron artículos, libros y documentos oficiales que abordaron aspectos epidemiológicos, clínicos, sociales y políticos relacionados con las EID. Los resultados indican que la prevalencia de estas enfermedades se asocia a factores como la pobreza, el saneamiento inadecuado, la urbanización descontrolada y las barreras de acceso a los servicios de salud. El análisis también destaca la importancia de la atención primaria de salud, un enfoque multidisciplinario y políticas públicas integradas para reducir el impacto de estas enfermedades en la población. Se concluye que, si bien se han logrado avances en el diagnóstico,tratamiento y control de las EID, su erradicación depende de la implementación de estrategias intersectoriales, sostenibles y socialmente equitativas, además de la promoción continua de la educación sanitaria y la vigilancia epidemiológica.