Self-assessment of risk of dysphagia and clinical-functional vulnerability in older adults with a history of leprosy
Purpose
To relate self-assessed dysphagia risk to clinical-functional vulnerability, age, sex, dentition, education, and institutionalization of older adults with a history of leprosy, and to assess the swallowing quality of life of those at risk.
Methods
Cross-sectional study with 117 older people. The inclusion criteria were being 60 years or older, with a history of leprosy, and no history of mental disorders, cognitive impairment due to stroke, or dementia syndrome. The study obtained information such as sex, age, education, institutionalization, and dentition, and used the following protocols: Clinical-Functional Vulnerability Index (IVCF-20), Eating Assessment Tool (EAT-10), and Quality of Life in Swallowing Disorders (SWAL-QOL). The association between self-assessed dysphagia risk in older adults, a history of leprosy, and the other variables was verified with Pearson's chi-square and Fisher's exact tests, with a 5% significance level.
Results
There was a predominance of non-institutionalized older women aged 80 to 99 years, with incomplete elementary education, using dentures. According to self-assessment, 22 older adults (18.8%) were at risk of dysphagia, and the most compromised quality of life domain was “eating duration.” The risk of dysphagia was statistically associated with age and clinical-functional vulnerability.
Conclusion
Being over 80 years old and being considered frail increases the chance of older people with a history of leprosy having a self-assessed risk of dysphagia. The greatest impairment in the quality of life was related to “eating duration”.
Portuguese Abstract
Objetivo
Relacionar a autoavaliação do risco de disfagia e a vulnerabilidade clínico-funcional, idade, sexo, dentição, escolaridade e institucionalização de idosos com histórico de hanseníase e verificar a qualidade de vida em deglutição daqueles com risco.
Método
Estudo transversal com 117 idosos, sendo os critérios de inclusão idade igual ou superior a 60 anos, com histórico de hanseníase e sem histórico de transtornos mentais, comprometimento cognitivo por acidente vascular cerebral ou síndrome demencial. Foram obtidas informações como sexo, idade, escolaridade, institucionalização e dentição e utilizados protocolos: Índice de Vulnerabilidade Clínico-funcional (IVCF-20), Autoavaliação do Risco de Disfagia (EAT-10) e Autoavaliação da Qualidade de Vida em Deglutição (SWAL-QOL). Verificou-se associação entre a autoavaliação do risco de disfagia em idosos com histórico de hanseníase e as demais variáveis por meio dos testes qui-quadrado de Pearson e exato de Fisher, nível de significância de 5%.
Resultados
Houve predomínio de idosas entre 80 e 99 anos, com ensino fundamental incompleto, não institucionalizados e em uso de prótese dentária. De acordo com a autoavaliação, o risco de disfagia foi encontrado em 22 idosos (18,8%) e o domínio da qualidade de vida mais comprometido foi “duração da alimentação”. Houve associação estatística do risco de disfagia com a idade e a vulnerabilidade clínico funcional.
Conclusão
Ter idade acima de 80 anos e ser considerado frágil aumenta a chance do idoso com histórico de hanseníase ter autoavaliação do risco de disfagia. O maior prejuízo na qualidade de vida em deglutição foi relacionado ao domínio “duração da alimentação”.