Percepção dos profissionais de saúde acerca das ações de controle da Hanseníase frente a pandemia COVID-19
Investigar a percepção dos profissionais de saúde acerca das ações de controle da hanseníase frente a pandemia COVID-19. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com abordagem qualitativa, realizado em Unidades de Saúde da Família e Centro de Referência de Hanseníase no município de Campina Grande/PB. Os dados foram coletados entre agosto de 2021 e janeiro de 2022.A população foi composta por enfermeiros, médicos e agentes comunitários de saúde. Para obter a coleta de dados foram utilizados 3 (três) instrumentos, sendo 2(dois) formulários para caracterizar os participantes do estudo, um para os ACS e outro para os enfermeiros(as) e médicos(as), e um roteiro de entrevista semiestruturado com foco no objeto de estudo. Os dados referentes à caracterização dos participantes foram analisados através da estatística descritiva e o discurso dos participantes foram submetidos à Análise de Conteúdo Temática, proposta por Bardin (2016). O estudo obedeceu às recomendações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro. Quanto à caracterização dos participantes do estudo 42,10% (8) são enfermeiros(as), 31,59% (6) são médicos(as) e 26,31% (5) são ACS. Através dos dados empíricos surgiram 3 (três) categorias temáticas, tratando sobre as dificuldades para acompanhamento das pessoas afetadas pela hanseníase nas unidades de saúde da família, a limitação do trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde no território e os efeitos psicológicos da pandemia entre usuários e profissionais. O estudo evidenciou que a pandemia COVID-19 trouxe repercussões preocupantes para realização das ações de controle da hanseníase nas unidades de saúde. Tais repercussões envolvem aspectos relacionados à interrupção do tratamento, falta de um planejamento mais efetivo diante das medidas sanitárias frente a COVID-19 e problemas de saúde mental que afetaram usuários e profissionais.
To investigate the perception of health professionals about leprosy control actions in the face of the COVID-19 pandemic. This is an exploratory-descriptive study with a qualitative approach, carried out in Family Health Units and Leprosy Reference Center in the city of Campina Grande/PB. Data were collected between August 2021 and January 2022. The population consisted of nurses, doctors and community health agents. To obtain the data collection, 3 (three) instruments were used, with 2 (two) forms to characterize the study participants, one for the CHA and another for the nurses and doctors, and an interview script semi-structured with a focus on the object of study. The data referring to the characterization of the participants were analyzed using descriptive statistics and the participants' speech were submitted to the Thematic Content Analysis, proposed by Bardin (2016). The study followed the recommendations of Resolution 466/12 of the National Health Council of the Ministry of Health and was approved by the Research Ethics Committee of the Hospital Universitário Alcides Carneiro. Regarding the characterization of the study participants, 42.10% (8) are nurses, 31.59% (6) are doctors and 26.31% (5) are CHA. Through empirical data, 3 (three) thematic categories emerged, dealing with the difficulties in monitoring people affected by leprosy in family health units, the limitation of the work of Community Health Agents in the territory and the psychological effects of the pandemic among users and professionals. The study showed that the COVID-19 pandemic brought worrying repercussions for carrying out leprosy control actions in health units. Such repercussions involve aspects related to treatment interruption, lack of more effective planning in the face of health measures against COVID-19 and mental health problems that affected users and professionals.