A implementação do teste anti-pgl1 no sistema único de saúde para rastreio de contactantes de hanseníase
A hanseníase é uma doença infectocontagiosa curável, de evolução crônica, com período de incubação que varia de 6 meses a 20 anos, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, que acomete principalmente pele e nervos periféricos. Em 2021, 106 países reportaram à Organização Mundial da Saúde 140.594 casos novos da doença no mundo. Nas Américas, dos 19.826 (14,1%) casos mundiais notificados, 18.318 ocorreram no Brasil. O país ocupa o segundo lugar entre os países com maior número de casos no mundo. A doença é transmitida através das vias aéreas de pacientes bacilíferos. O diagnóstico da hanseníase é feito por meio de exame dermatoneurológico e exames laboratoriais como: baciloscopia, biópsia de pele e ou nervo, PCR e sorologia. Métodos de rastreio como a detecção de IgM anti PGL-1 (glicolipídeo fenólico do tipo 1), considerado teste rápido, auxiliam na busca de contatos contaminados pelo bacilo