Hanseníase - uma revisão abrangente sobre a fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento

A hanseníase, uma doença crônica causada pela bactéria Mycobacterium leprae, continua a ser um problema de saúde pública em muitas regiões do mundo. A fisiopatologia da hanseníase envolve uma resposta imune complexa, com variações na suscetibilidade individual determinando a apresentação clínica da doença. As manifestações clínicas da hanseníase podem variar desde formas paucibacilares, com poucos bacilos e lesões cutâneas discretas, até formas multibacilares, com grande carga bacilar e lesões mais extensas e infiltrativas. O diagnóstico da hanseníase é baseado em critérios clínicos, com a confirmação laboratorial sendo obtida por meio da baciloscopia e/ou biópsia de pele. No entanto, a detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações e interromper a transmissão da doença. O tratamento padrão para hanseníase consiste na poliquimioterapia, envolvendo a combinação de rifampicina, dapsona e clofazimina, com duração que varia de acordo com a forma clínica da doença. Além da terapia antimicrobiana, a atenção especializada e o acompanhamento regular são essenciais para monitorar a resposta ao tratamento e prevenir incapacidades físicas. Intervenções adicionais, como a reabilitação e a educação em saúde, também desempenham um papel crucial na gestão holística da hanseníase, visando não apenas a cura clínica, mas também a reintegração social e o bem-estar geral dos pacientes. Por fim, a compreensão abrangente da fisiopatologia, manifestações clínicas, diagnóstico e tratamento da hanseníase é crucial para abordar eficazmente essa doença negligenciada e melhorar os resultados de saúde em populações afetadas.

English Abstract: Leprosy, a chronic disease caused by the bacteria Mycobacterium leprae, continues to be a public health problem in many regions of the world. The pathophysiology of leprosy involves a complex immune response, with variations in individual susceptibility determining the clinical presentation of the disease. The clinical manifestations of leprosy can vary from paucibacillary forms, with few bacilli and discrete skin lesions, to multibacillary forms, with a large bacillary load and more extensive and infiltrative lesions. The diagnosis of leprosy is based on clinical criteria, with laboratory confirmation being obtained through sputum smear microscopy and/or skin biopsy. However, early detection and appropriate treatment are essential to prevent complications and stop the transmission of the disease. The standard treatment for leprosy consists of polychemotherapy, involving the combination of rifampicin, dapsone and clofazimine, with a duration that varies according to the clinical form of the disease. In addition to antimicrobial therapy, specialized care and regular follow-up are essential to monitor response to treatment and prevent physical disability. Additional interventions, such as rehabilitation and health education, also play a crucial role in the holistic management of leprosy, aiming not only at clinical cure, but also at social reintegration and the general well-being of patients. Ultimately, a comprehensive understanding of the pathophysiology, clinical manifestations, diagnosis, and treatment of leprosy is crucial to effectively address this neglected disease and improve health outcomes in affected populations.