Characterization of leprosy in children under 15 years in an important municipality of north-eastern Brazil.

The presence of leprosy in children younger than 15 years is a strong indicator of the maintenance of the epidemiological chain of transmission and evidences of the early exposure. This study aims to identify the family, clinical and epidemiological characteristics of individuals younger than 15 years who were diagnosed with leprosy in the city of Juazeiro-BA. This is an observational, cross-sectional and descriptive study. The study population consisted of all cases of leprosy diagnosed in children under 15 between 2012 and 2014, in the city of Juazeiro-BA. The Complementary Protocol for the Diagnostic Investigation of Cases of Leprosy in Children Under 15 (PCID <15) was used as the data source. The protocol was completed at the time of diagnosis at the Leprosy Reference Centre of the municipality under study. This document is part of the medical records of the patients being treated, and is filed in the outpatient clinic. After the data collection, the data were analyzed using the SPSS software version 20. Adoption of significance was 95%. 42 cases were diagnosed in the age group studied, and the mean annual detection coefficient was 24.85 cases / 100,000 individuals in this age group. Of the total, 66.7% were female. The mean age of the girls was lower than the mean age of the boys, with a significant difference between the genders (p = 0.021). The anamnesis showed that in 33.3% of the cases, the first diagnosis was wrong and leprosy was treated as other diseases. It is also noted that 54.8% of patients had a family history of leprosy. The tuberculoid form and paucibacillary operational classification stood out (88.0% and 90.5%, respectively). The study showed that PCID <15 years is an important instrument capable of identifying problems in the quality of leprosy services, such as the fragility in the diagnosis of the disease in the population under 15 years.

A presença da hanseníase em menores de 15 anos é um forte indicador da manutenção da cadeia epidemiológica de transmissão, além de evidenciar a exposição precoce. Este trabalho teve como objetivo identificar as características familiares, clínicas e epidemiológicas dos indivíduos menores de 15 anos diagnosticados com hanseníase no município de Juazeiro/BA. Trata-se de um estudo observacional, transversal e descritivo. A população do estudo foi composta por todos os casos de hanseníase diagnosticados em menores de 15 anos entre 2012 e 2014, no município de Juazeiro/BA. Como fonte de dados foi utilizado o Protocolo Complementar de Investigação Diagnóstica de Casos de Hanseníase em menores de 15 anos– PCID<15 anos, preenchidos no momento do diagnóstico no Centro de Referência em Hanseníase do município estudado. Este documento é parte do prontuário dos pacientes atendidos e arquivados no referido ambulatório. Após a coleta, os dados foram analisados utilizando o software SPSS, versão 20. Adotou significância de 95%. Foram diagnosticados 42 casos na faixa etária estudada, sendo o coeficiente de detecção médio anual de 24,85 casos/ 100 mil indivíduos nessa faixa etária. Desse total, 66,7% eram do sexo feminino. A média de idade das meninas foi inferior à média de idade dos meninos, com diferença significativa entre os gêneros (p=0,021). A anamnese mostrou que em 33,3% dos casos houve um primeiro diagnóstico errado, sendo a hanseníase tratada como outras doenças. Chama atenção também que 54,8% dos pacientes tinham histórico de hanseníase na família. A forma tuberculóide e a classificação operacional Paucibacilar destacaram-se (88,0% e 90,5%, respectivamente). O estudo mostrou que o PCID<15 anos é um importante instrumento capaz de identificar problemas na qualidade dos serviços de hanseníase, como a fragilidade no diagnóstico da doença na população menor de 15 anos.