04504nas a2200301 4500000000100000008004100001260003300042653004100075653003400116653002700150653001600177653002500193653001200218653002800230100001500258700002600273700001700299700001500316700001800331700002300349700001700372245007000389856008500459300001600544490000600560520362200566022001404188 2023 d bSouth Florida Publishing LLC10aGeneral Earth and Planetary Sciences10aGeneral Environmental Science10aPerfil Epidemiológico10aHanseníase10aMycobacterium leprae10aLeprosy10aepidemiological profile1 aAlves APDF1 aDe Oliveira Filho JEL1 aGouveia ADDM1 aBraga ASDM1 aTenório DMDC1 aCansanção VIDMTC1 aCarnauba ATL00aPerfil epidemiológico da Hanseníase no Brasil entre 2017 e 2022 uhttps://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/59638/43130 a15743-157530 v93 a

Introdução: A hanseníase, também conhecida como lepra, é uma doença infecciosa e contagiosa causada pelo Mycobacterium Leprae, comum ainda nos dias atuais. A Organização Mundial de Saúde a classifica em formas paucibacilares e multibacilares, sendo a última a mais grave. A via de contaminação ainda não é totalmente compreendida, mas sabe-se que a principal é a respiratória. O tratamento é realizado com antibióticos disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde e deve ser iniciado precocemente, a fim de prevenir danos permanentes e minimizar a transmissão da doença. Embora seja eficaz na eliminação da bactéria e na prevenção da progressão da doença, o tratamento pode não reverter deformidades já existentes. O Brasil está entre os 22 países com as maiores taxas de incidência de hanseníase no mundo e ocupa o segundo lugar em relação à detecção de casos novos. Diante desse contexto, é imprescindível analisar e traçar o perfil epidemiológico da Hanseníase no Brasil, e, a partir disso, propor medidas públicas para a erradicação da doença.

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, do tipo observacional e descritivo,  cujo os dados foram coletados na base de dados Sistema de Informações de Agravos de Notificação,  no período entre 2017 a 2022

Resultados/Discussão: O Brasil possui um índice crescente entre 2017 a 2019 de pessoas diagnosticadas com hanseníase , porém houve uma queda de 2020 a 2022 que pode estar relacionada a casos subdiagnosticados devido a pandemia do COVID-19  na qual a prioridade nos serviços de saúde estava relacionada à síndrome gripal. Ao comparar as  regiões do país, nota-se que o Nordeste encontra-se com um maior número de casos diagnosticados, em segundo lugar encontra-se o Centro-oeste, em terceiro lugar o Norte, estes dados podem ser justificados de acordo com os parâmetros sociais e econômicos do país, tendo em vista que o aparecimento da hanseníase está relacionado a condições socioeconômicas mais precárias. Ao analisar de acordo com o sexo, notou-se que os indivíduos do sexo masculino representam a maioria dos casos, isso esta relacionado à menor adesão dessa parcela da população nas unidades de saúde. Ao analisado a frequência de casos de hanseníase com o nível de escolaridade, observou que 47% dessa população é composta por analfabetos e indivíduos com ensino médio incompleto, enquanto apenas 5% do público tem o ensino superior, mesmo que incompleto, assim , nota-se que essa patologia tem uma maior prevalência  em níveis de escolaridade mais baixos. Também foi visto elevado número de casos de hanseníase de 2017 a 2022 em pacientes de 0 a 14 anos, este dado reflete como indicador da expansão e a gravidade da doença, assim infere-se que as políticas de controle e prevenção da doença não estão sendo efetivas. Nesse contexto, observa-se que o Brasil ainda é um país de grande foco de hanseníase, assim precisando de melhores políticas de intervenção desta patologia.

Considerações Finais: A hanseníase é uma doença negligenciada que afeta populações vulneráveis. Para combatê-la, é necessário que o governo aloque mais recursos financeiros e humanos, promova campanhas publicitárias, capacite profissionais de saúde e intensifique programas de saúde do homem. Com essas estratégias e o manejo adequado da doença, é possível erradicá-la no território nacional.

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