02435nas a2200181 4500000000100000008004100001260002400042653005700066100001800123700002100141700001300162700001500175245014100190856007800331490000700409520181200416022002502228 2021 d bFapUNIFESP (SciELO)10aPublic Health, Environmental and Occupational Health1 aCoriolano CRF1 aFreitas Neto WAD1 aPenna GO1 aSanchez MN00aFatores associados ao tempo de ocorrência das reações hansênicas numa coorte de 2008 a 2016 em Rondônia, Região Amazônica, Brasil uhttps://www.scielo.br/j/csp/a/8j65XbK4dFwxfGkhR6wKgPR/?format=pdf&lang=pt0 v373 a

O manejo clínico de pacientes com hanseníase apresenta um desafio particular que são as reações. O objetivo deste estudo de coorte não concorrente foi analisar o tempo e fatores associados à ocorrência da primeira reação durante e após o tratamento da poliquimioterapia (PQT). Avaliou-se 1.621 pacientes paucibacilares (PB = 8,9%) e multibacilares (MB = 91,1%) de 2008 a 2016 notificados no Sistema de Estados Reacionais em Hanseníase/Rondônia (SisReação/RO). Prevaleceu a ocorrência durante o tratamento da PQT = 997 (61,5%), e 624 (38,5%) somente após o PQT. A precocidade da reação, a partir do diagnóstico, foi analisada por meio de curvas de sobrevida de Kaplan-Meier e comparadas entre os grupos PB e MB, usando o teste de log-rank de Mantel-Cox; e foram construídos modelos de regressão de Cox univariada e multivariada para identificar os fatores associados à ocorrência da reação (hazard ratio) e os correspondentes IC95%. No modelo multivariado foram incluídas variáveis com valores de p < 0,2 na análise univariada. Os PB desenvolveram reação de forma mais precoce do que os MB. Outras características associaram-se à reação em menor tempo: sexo feminino e baciloscopia negativa. No período agregado (durante e após a PQT), os pacientes PB apresentaram risco 24% maior de reação do que os MB e aqueles com baciloscopia negativa aumentaram este risco em 40% comparado à baciloscopia positiva. Durante e após a PQT, os PB apresentaram 1,3 e 1,6 vezes maior risco de ocorrência da reação dos pacientes MB. Dessa forma, recomendamos priorizar ações de vigilância para reações hansênicas durante e após a PQT como medidas de prevenção de incapacidades físicas e de melhoria na qualidade de vida das pessoas acometidas pela hanseníase.

 a1678-4464, 0102-311X