02671nas a2200265 4500000000100000008004100001260001900042653002200061653001000083653001700093653001900110653001200129100001700141700001400158700001300172700001700185700002700202700001500229245013400244856009800378300000900476490000700485520189900492022001402391 2025 d bEditora Unijui10aAdolescent health10aChild10aEpidemiology10aHealth profile10aLeprosy1 aMartinez ABR1 aSantos JM1 aCosta HB1 aPalácio MAV1 aDe Carvalho Correia ML1 aTakenami I00aTendência e perfil clínico dos casos de hanseníase em crianças e adolescentes menores de 15 anos no interior da Bahia, Brasil uhttps://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/contextoesaude/article/download/15390/8523/81287 a1-110 v253 a

A hanseníase ainda representa um desafio significativo para a saúde pública no Brasil, e sua transmissão entre crianças e adolescentes menores de 15 anos está predominantemente associada a contatos domiciliares. O monitoramento dos casos de hanseníase nesse grupo etário específico desempenha um papel crucial na vigilância da doença e nos esforços de controle. Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever a tendência e o perfil clínico da hanseníase em crianças e adolescentes menores de 15 anos no interior da Bahia, Brasil. Trata-se de um estudo de seguimento transversal, retrospectivo, realizado em um centro de referência especializado no município de Paulo Afonso, Bahia. Os dados foram obtidos mediante consulta aos prontuários de pacientes com hanseníase menores de 15 anos, tratados e acompanhados pelo serviço entre 2008 e 2022. A taxa média de detecção de casos novos de hanseníase foi de 13,6 (IC 95%: 7,9–19,4) casos por 100.000 crianças e adolescentes. A maior frequência ocorreu na faixa etária de 10 a 14 anos, representando 62,1% dos casos. A triagem de contatos identificou 31,0% dos casos e 12,3% apresentaram algum grau de incapacidade física no momento do diagnóstico. Casos paucibacilares (77,6%) foram mais prevalentes que os multibacilares, com a forma clínica tuberculóide (56,9%). A taxa de cura foi de 96,4%. O estudo destaca a necessidade de intensificar os esforços de vigilância epidemiológica, incluindo a busca ativa de casos, especialmente entre indivíduos de 10 a 14 anos, que representam a maior proporção de casos de hanseníase. Intervenções direcionadas e campanhas educativas adaptadas a esse grupo etário são imperativas para aumentar a conscientização, a detecção precoce e o acesso aos cuidados, mitigando assim o ônus da hanseníase e prevenindo sequelas a longo prazo entre as crianças.

 a2176-7114