03079nas a2200217 4500000000100000008004100001260002300042653001200065653001300077100001400090700001800104700001500122700001400137700001500151245012000166856026000286300000900546490000600555520228600561022001402847 2025 d bBrazilian Journals10aLeprosy10aNiterói1 aReis MEDS1 aVillar BBDLFV1 aMartins EB1 aPino LCDM1 aDuraes SMB00aTendência temporal de Hanseníase no município de Niterói (Rio de Janeiro): avaliação de 10 anos (2015 a 2024) uhttps://www.researchgate.net/profile/Ezequias-Martins/publication/396944608_Tendencia_temporal_de_Hanseniase_no_municipio_de_Niteroi_Rio_de_Janeiro_avaliacao_de_10_anos_2015_a_2024/links/68ffbcf1368b49329fa70b34/Tendencia-temporal-de-Hanseniase-no-municip a1-170 v83 a

Justificativa

A hanseníase é uma doença infecciosa de grande relevância para a saúde pública no Brasil, que ocupa o segundo lugar em número de casos no mundo. Devido ao seu potencial para desenvolver dano neural irreversível, o diagnóstico e tratamento precoces são fundamentais para alcançar uma cura sem sequelas.  A cidade de Niterói está localizada no estado do Rio de Janeiro, e apesar de possuir uma taxa de detecção média, é circundada por municípios de maior incidência.

Objetivos

Descrever o perfil da hanseníase e analisar a tendência temporal dos indicadores epidemiológicos no município de Niterói, num período de 10 anos a partir de 2015. 

Metodologia

Estudo ecológico sobre hanseníase nos últimos 10 anos (2015 a 2024) no município de Niterói. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN).

Resultados

De 01 de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024, foram notificados 163 casos de hanseníase. A alta incidência em maiores de 40 anos (75,4%) e o predomínio de formas multibacilares (68,1%), indicam um declínio da endemia. A ausência de casos em menores de 15 anos nos últimos 5 anos corresponde a uma fase de interrupção da transmissão. Por outro lado, a proporção de contatos examinados apresentou parâmetro precário e houve aumento do percentual de casos já diagnosticados com grau 2 de incapacidade.

Conclusões

Apesar da melhoria da maioria dos indicadores epidemiológicos, a proporção de contatos examinados com parâmetro precário, o aumento recente do percentual de casos diagnosticados com grau 2 de incapacidade, as iniquidades sociais e a adjacência com municípios que ainda não eliminaram a transmissão, demandam grande mobilização da assistência e da vigilância. Para superar esses desafios, serão fundamentais a capacitação continuada das equipes da Atenção Primária à Saúde para o diagnóstico precoce, programas de educação em saúde para a população, o enfrentamento ao estigma e as ações intersetoriais para mitigar os determinantes sociais.

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