03062nas a2200229 4500000000100000008004100001260005800042653001200100653001100112653002800123653002500151100001300176700001500189700001500204700001400219245010800233856006300341300001400404490000600418520239400424022001402818 2025 d bBrazilian Journal of Implantology and Health Sciences10aLeprosy10aBrazil10aEpidemiological profile10aPsychosocial aspects1 aBraga AA1 aDumont GDM1 aPacheco LT1 aBorges YJ00aHANSENÍASE: Perfil epidemiológico no Brasil e aspectos psicossociais relacionados ao curso da doença uhttps://bjihs.emnuvens.com.br/bjihs/article/view/6230/6101 a1288-13130 v73 a
Introdução
A hanseníase é uma doença crônica e infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, que afeta principalmente os nervos periféricos e a pele, podendo causar incapacidades físicas se não tratada precocemente. Além disso, possui grande impacto na saúde pública e no bem-estar dos afetados e, por isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o Brasil como prioritário para o controle da hanseníase. Assim, este estudo tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico da hanseníase no Brasil e investigar os aspectos psicossociais envolvidos no curso da doença.
Metodologia
Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. A coleta de dados foi realizada utilizando o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) sobre os casos de hanseníase entre 2013 e 2023 em todo o território brasileiro. Foram analisadas variáveis epidemiológicas, como número total de casos, frequência por gênero, faixa etária, raça, escolaridade e incidência por estado, além de aspectos socioeconômicos e psicossociais relevantes para o perfil da doença. Para suprir a falta de dados específicos sobre fatores socioeconômicos e psicossociais nesses sistemas, realizou-se uma revisão de literatura complementar sobre a temática.
Resultados e Conclusão
Entre 2013 e 2023, foram registrados 355.053 casos de hanseníase no Brasil, com variações significativas no número de diagnósticos ao longo dos anos, sendo mais prevalente em homens e em indivíduos adultos (30-49 anos), especialmente nas regiões Norte e Nordeste. No aspecto psicossocial, a doença ainda carrega um estigma social profundo, o que leva ao isolamento, baixa autoestima e sofrimento psicológico entre os acometidos, fatores que intensificam o impacto emocional nos pacientes, dificultando o tratamento e a reintegração social. A prevalência em áreas vulneráveis e o impacto do estigma reforçam a urgência de políticas públicas que integrem diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio psicossocial. Assim, o estudo destaca a importância de uma abordagem multidimensional, que promova tanto a saúde física quanto o bem-estar emocional dos acometidos.
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